Estandes montados na Convenção Jovem Maranata oferecem diversas formas de se engajar na missão
Márcio Tonetti
Nos intervalos das sessões plenárias, onde a energia contagiante dos maranaters ecoava pela arena do Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF), a seção de estandes era o principal ponto de encontro. A Convenção Jovem Maranata, que reuniu cerca de 20 mil líderes sul-americanos, contou com dezenas de espaços montados para divulgar as ações da igreja tanto no continente quanto ao redor do mundo.
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Nessa megaestrutura, o público teve acesso a uma ampla variedade de produtos e serviços oferecidos por escritórios administrativos, instituições, departamentos e ministérios de apoio da igreja. Havia literatura, produções audiovisuais, apresentações musicais ao vivo, acessórios relacionados ao Ministério Jovem, gincanas, exposições sobre temas como criacionismo e arqueologia, e até apoio psicológico. Para quem está pensando em cursar uma graduação ou pós-graduação, não faltaram opções. Além das instituições de ensino superior sul-americanas, universidades de outros países, como o Campus Adventista de Sagunto, na Espanha, também marcaram presença.
Os estandes com oportunidades missionárias também chamaram atenção dos participantes. Destacando-se entre eles estava o estande da organização internacional Maranatha, que há 55 anos mobiliza voluntários para construir igrejas, escolas e poços em comunidades de baixa renda, e que em outubro retornará para um projeto no estado de Pernambuco. “Foi emocionante ver tantos jovens procurando nosso estande. Eles podem fazer parte dos projetos em andamento e testemunhar o que Deus está fazendo”, ressaltou Kenneth Weiss, chefe de operações da organização.
Para Daniel Fragata, engenheiro mecatrônico de 30 anos residente em Manaus (AM), um dos aspectos mais impactantes foi a preocupação da igreja com a missão. “Ela preparou tudo isso para que a gente desperte para o que realmente é necessário. Para mim, está sendo uma virada de chave”, ele frisa.
Enquanto aguardava para visitar o estande do projeto Mission Refocus, um programa da Associação Geral que visa ampliar o envio de missionários para regiões desafiadoras para a pregação do evangelho, Daniel contou que está planejando fazer missão em outro continente. “Como uma oferta, quero dedicar pelo menos um ano para uma missão transcultural sem custo nenhum para a igreja”, compartilha.
Para motivar e aguçar a curiosidade dos jovens, o estande do Mission Refocus trouxe um pouco do contexto cultural de países onde a presença da igreja é pequena ou inexistente. Os visitantes puderam ouvir músicas, sentir aromas e conhecer um pouco dos idiomas de nações árabes e do sudeste asiático, por exemplo. “As pessoas vieram para a Convenção Maranata com um desejo em comum: servir. E o espaço do Mission Refocus procurou oferecer um gostinho da vivência de um missionário transcultural”, afirma Júlio, um dos responsáveis pelo estande.
Júlio deixou o Brasil aos 25 anos para ser missionário no Egito e no Líbano. Após três anos, ele retornou ao seu país de origem e se casou. Agora, ele está planejando voltar ao campo missionário, desta vez acompanhado de sua esposa. “Vale a pena servir a Deus e ao próximo! Quero ver Jesus voltar!”, ele conclui.
Amanda Guimarães Facco, de Campo Mourão (PR), não planeja sair do país, mas deseja fazer a diferença onde mora. “Em cada estande, descobrimos coisas novas. Eu não tinha noção de que a igreja tem tantos ministérios!”, afirma a jovem. Um dos que mais a impressionou foi o Ministério Adventista das Possibilidades (MAP). “Estou ministrando estudos bíblicos para a minha mãe, que é surda. Como minha igreja ainda não tem intérprete de Libras, estou me preparando para implantar esse ministério em nossa comunidade”, ela relata.
De maneira criativa, o estande da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra) ajudou os participantes a descobrirem seu perfil missionário. Além disso, outro espaço estava disponível para fornecer kits para a ministração de estudos bíblicos, visando equipar os interessados para o serviço missionário.
MÁRCIO TONETTI é editor associado da Revista Adventista
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